31 de agosto de 2010

Um saco-garrafa ou uma garrafa-saco?

Por vezes as soluções para alguns problemas são bastante simples!
Imaginem que vão para campo e precisam de levar alguns alimentos em pó mas não querem levar esses alimentos em sacos ou em caixas/garrafas de plástico.
Eis uma ideia prática e fácil de construir. Para tal basta um garrafa, um saco de plástico resistente e um elástico forte.


Começa por cortar o gargalo da garrafa deixando uns 2 cm para baixo da tampa.


É assim que deve ficar. Tenta cortar ao mais redondo possível para evitar arestas que rasguem o saco!


Agora pega no saco de plástico, no elástico e na tampa já cortada e aparada.


Coloca a tampa próximo da boca do saco, deixando uns 3-4 cm de margem e fecha com o elástico. Deves dar algumas voltas para que o elástico fique bem apertado à volta da tampa.


Depois é só cortar o excesso do saco de plástico (mas não cortes muito rente para o saco não passar o plástico).


E aqui tens o teu saco-garrafa ou será uma garrafa-saco?

Se o elástico estiver bem apertado podes até transportar água dentro do saco! E uma das vantagens deste tipo de recipiente é que podes reduzir o tamanho à medida que reduzes a quantidade do que transportares.

Um Peixe-Lua em terras do Uncle Sam

É verdade!
Estes 'azuis' são uns verdadeiros navegadores e andam por todos os cantos do Mundo.
Agora é a vez da nossa querida Peixe-Lua, que fez as malas (ou foi mesmo a mochila?) e partiu para os Estados Unidos da América durante um ano!
Vamos ter muitas saudades dela, mas tenho a certeza que quando ela voltar terá muitas histórias para nos contar.
Entretanto, podem ir seguindo esta aventura através do Facebook dela ou pelo blog que ela criou aqui.


Olha p'ra ela com um ar de Skipper!

30 de agosto de 2010

26 de agosto de 2010

Faca de Sobrevivência: o canivete Suíço Clássico?

Mais do que andar armado com facas de mato, o canivete suíço é uma ferramenta importante e faz parte do material dos escuteiros em todo o mundo! Eu ando sempre com um no bolso e muitas das vezes acabo por usar quando os meus colegas me pedem emprestado!
Quando entrei para os escuteiros existia uma prova que era a do canivete/faca e machado, que tinhamos que completar para podermos usar estas ferramentas. Hoje em dia tudo ficou mais fácil e acessível e há por aí muito escuteiro que nem sabe como usar um canivete.
Pode ser que este ano apareça um monográfico sobre este assunto!
Por agora fica um texto interessante, escrito por um escuteiro e instrutor de outros jovens escuteiros.

Adaptado da publicação de Leon Pantenburg (texto original)

Elk Lake, no estado do Oregon, nos Estados Unidos da América, é um dos principais lugares de fornecimento para caminhantes no Trilho Pacific Crest. Todos os anos, grupos de caminhantes tentam atravessar este trilho. Começam no México em Abril e vão chegando aos poucos a Elk Lake Resort a partir de Agosto. E têm que chegar à fronteira do Canadá antes das primeiras neves.


O canivete suíço Victorinox clássico da minha mulher. É uma boa escolha para acompanhar uma faca de sobrevivência.

Estava a almoçar no refúgio há dois anos e reparei numa rapariga sentada a uma mesa de piquenique. Ela estava a carregar a sua mochila para a próxima etapa do percurso. Abriu a sua caixa de mantimentos, cortou um pedaço de queijo, abriu vários pacotes grandes e cortou um atacador, tudo com seu minúsculo, canivete suíço. O canivete tinha sido a sua única faca durante quase três meses no trilho.
"É tudo o que você precisa," comentou. "Eu tenho que ir o mais leve possível e não carrego uma grama que não seja necessária".
Para os caminhantes que gostam de reduzir no peso, que percorrem longas distâncias com o equipamento mínimo, um canivete clássico pode ser uma escolha razoável. Numa pista como a Pacific Crest ou Appalachian, raramente estaremos isolados de outros caminhantes por muito tempo se precisarmos de ajuda.

Se estivermos numa caminhada de um dia com um grande grupo de caminhantes bem preparados, podemos nem precisar de usar uma faca. Mas, (perigo!!! PERIGO!!! ALERTA DE SENSO COMUM DE SOBREVIVÊNCIA!!!) isso não significa que não precisamos de uma faca. Se por algum acaso formos separados do grupo, estivermos fora do caminho, ou em alguma situação de sobrevivência podemos precisar desesperadamente de uma faca de sobrevivência.

Chamar faca de sobrevivência a um canivete clássico é um exagero, e eu nunca o levo como única ferramenta de sobrevivência. Mas não importa onde estou, ou o que estou a fazer, se é legal, eu tenho sempre um canivete clássico no bolso.
Na maioria dos países, não é socialmente inaceitável andar com uma faca de sobrevivência no dia-a-dia. Mas, um canivete clássico no bolso passa despercebido. (Não tentem entrar num avião ou num tribunal com ele, e em certos locais nocturnos como bares e discotecas)!

Se surgir uma emergência em ambiente urbano, em casa, na escola ou no escritório, talvez tudo o que possivelmente temos são as ferramentas de sobrevivência que transportamos diariamente. E eu prefiro ter um faca pequena, que nenhuma faca. Um canivete clássico pode ser uma parte importante do equipamento de sobrevivência.
Aqui está o que temos num canivete clássico:

A pinça melhor do mundo: O valor deste minúsculo utensílio é facilmente entendido quando temos uma lasca no dedo por andar a recolher lenha.
Palito: Remove os restos de alimentos dos dentes.
Tesoura: Ideal para cortar qualquer coisa. Já usei a minha em casamentos, no escritório, em acampamentos e para aparar pêlos faciais. Usei as minúsculas tesouras para cortar tubos de bicicleta, moleskin, fitas de pacotes, fita adesiva e adesivos.
Lâmina: A lâmina pode ser afiada facilmente e corta bem para seu tamanho e design. Em caso de emergência, a lâmina pequena provavelmente funcionará muito melhor do que um pedaço de vidro, garrafa de cerveja quebrada ou utensílio de corte improvisado de uma pedra.
Lima das unhas: Para uma manicure numa situação de sobrevivência? Na verdade, partir uma unha em campo e rapidamente damos valor a esta ferramenta para eliminar uma aresta irregular!
Baixo custo: um canivete clássico é barato. No Havaí, eu comprei um por US $ 12 e usei por uma semana. Ofereci-o no controlo de bagagem, quando embarcámos no avião para o continente. Numa promoção após o Natal num grande armazém, os canivetes clássicos estavam a US $ 3 cada. Comprei todos os que eles tinham.


Estes itens são leves, facilmente transportáveis e podem salvar a vida se estivermos feridos durante um passeio. Da esquerda para a direita: Aquece-mãos, telemóvel, lanterna, canivete Suíço clássico, pederneira, apito e acendalhas.

Aqui vai uma dica para adicionar mais uma ferramenta. Com um berbequim pequeno (tipo Dremel) podemos fazer um pequeno encaixe no final da lima das unhas para o parafuso das dobradiças dos óculos. Nunca inguém tem uma chave de fenda de óculos quando precisamos de uma!

No campo, dependendo do terreno e actividade, podemos ter várias facas diferentes que são usadas para tarefas específicas. Eu uso uma SRK Cold Steel como faca de sobrevivência geral e de caça.

Para regiões de montanha, pequena caça e limpar peixes; tarefas de acampamento tais como aguçar varas, barrar manteiga de amendoim, pelar batata e cortar cebolas e outras tarefas rotineiras, geralmente eu uso uma faca Frost Mora.
Para transportar todos os dias, no meu bolso ou no cinto, eu prefiro uma faca de espessura fina, duas camadas com várias ferramentas, tais como um canivete Suíço Tinker. Ocasionalmente, levo um multi-tool. O meu favorito ao longo dos últimos dez anos tem sido o Leatherman Wave.


A SRK Cold Steel (em cima) e faca Mora são boas escolhas para todo o tipo de uso. Combinado com um canivete clássico, podem fornecer um bom kit de ferramentas de sobrevivência.

Quando se trata de peso, o canivete clássico é o campeão leve. O Swiss Army Tinker pesa 2,5 onças (cerca de 70 gramas); uma Mora Frost também pesa cerca de 2,5 onças, 5 onças (142 gramas) com seis pés (cerca de 2 metros) de fita adesiva enrolado na bainha) e a SRK é 8 onças (226 gramas), com 2,5 onças de fita adesiva sobre a bainha.
Transportar um canivete clássico juntamente com qualquer destas facas maiores, e teremos um conjunto de multi-tool eficaz.



Desde 1991, Leon tem sido instrutor dos Boy Scout Tropa 18, em Bend, e é coordenador/instrutor de técnicas de bushcraft e sobrevivência no Fremont District.